Esse é um artigo escrito pelo Alessandro Vieira, um consultor de gamificação de Florianópolis, Santa Catarina, que já desenvolveu projetos gamificados para empresas como Natura, Honda, SEBRAE/SC, Petrobras, dentre outras. Com toda essa experiência, o Alessandro está prestes a lançar um curso de Gamificação para Inovação em Negócios. Vale a pena ficarem atentos! Esse artigo é sobre a visão dele sobre como a gamificação pode transformar negócios. Boa leitura!
Alessandro Vieira dos Reis
Psicólogo e Mestre em Design pela UFSC, atua com gamificação desde 2014,
tendo participado em diversos projetos com grandes empresas.
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Só interatividade já não basta!
Vivemos um momento no qual falar de Transformação Digital dos negócios se tornou indispensável. Mas para entender melhor o que essa transformação significa precisamos voltar uns 20 anos. Lá no início da década de 2000 a palavra da moda era “interatividade”. O interface do portal na internet, a comunicação com os clientes, a publicidade, enfim, tudo precisava ser interativo, lembra?
Com o tempo o evangelho da interatividade foi saturado. Afinal, quem não aderiu ficou para trás.
Engajamento: O passo além
Arrisco dizer que foi no início da década de 2010 que um passo além da interatividade foi dado com o surgimento da gamificação. A partir dali não bastava mais ser meramente interativo: seu produto ou serviço precisava agora ser envolvente, incentivando o engajamento do usuário num nível emocional e simbólico. Os consumidores não respondem apenas a interatividade logicamente organizada, mas também a incentivos de ordem psicológica, como o senso de propósito, storytelling, desenvolvimento pessoal, dentre outros.
Como a gamificação transforma os negócios
A gamificação consiste em trazer a Psicologia e a Economia Comportamental para os negócios digitais. Tudo isso empacotado na linguagem da bilionária indústria dos jogos digitais. Não se trata de deixar o seu negócio parecido com um “videogame”, mas de fazer seus clientes se engajarem por ele da mesma forma que mergulham de cabeça em um jogo bem feito.
Aquele aplicativo pra lá de inovador que uma startup está desenvolvendo só tem a ganhar se usar de uma boa estratégia de gamificação, pois promoverá mais aderência e persistência nos usuários. Seu portal web, se usar táticas lúdicas de incentivo, tem tudo para ter mais acessos e downloads. O LMS de sua empresa, se bem gamificado, promoverá maior participação dos alunos. Seu vendedores, com um esquema gamificado de incentivo envolvendo talvez rankings, quests e feedbacks certeiros, terão o incentivo a mais que precisavam para se superarem.
E isso não é algo que apenas eu estou dizendo. Grandes empresas do mundo digital vêm usando a gamificação há cerca de 10 anos e essa procura só tende a aumentar. Me refiro desde aplicativos educacionais, como o Duolingo, até gigantes da mobilidade como o Uber, passando bancos como a Caixa Econômica Federal. Todos de olho na tal da Transformação Digital. Todos querendo engajar seus usuários para além da interatividade, e rumo ao envolvimento emocional de longo prazo com suas marcas.
Está na hora de você usar a gamificação a seu favor.
Se você lidera uma organização voltada à inovação e à produtividade em algum negócio digital precisa conhecer a gamificação. Seu produto ou serviço tem muito a ganhar em termos de engajamento dos usuários se desde a fase de concepção ele contar com o olhar atento de quem sabe tornar as coisas tão envolventes como os bons jogos digitais.